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Foto: Felipe Neves Fotografia (Divulgação)/
A chuva que começou a cair na Região Central ainda na madrugada de domingo ajudou a controlar o incêndio de grandes proporções que atinge há quatro dias a localidade de Crema, no interior de Agudo. Até agora, conforme a prefeitura, o fogo já consumiu cerca de 180 hectares de mata nativa, em área de preservação permanente. A operação começou na quarta-feira à noite.
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De acordo com a comandante dos Bombeiros Voluntários de Agudo, Roselei Silva, a chuva começou por volta das 5h30min, mas muito fraca. Foi só por volta das 7h que a chuva começou a cair mais forte. Por conta do risco de deslizamento e com a situação controlada, as equipes retornaram do local por volta das 9h.
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- Graças a Deus que choveu. Hoje à tardinha vamos subir de novo e monitorar. Amanhã uma equipe fará o levantamento para saber a extensão, junto com o Departamento de Meio Ambiente. Está controlado, mas tem um paredão de pedra que não sabemos como está por trás - comenta.
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Além dos bombeiros voluntários de Agudo, Faxinal do Soturno e Paraíso do Sul, trabalham no combate ao incêndio bombeiros militares de Restinga Sêca e Santa Maria. Servidores da Secretaria de Obras do município também estão ajudando com o apoio de máquinas. Cerca de 15 agricultores e produtores da região que conhecem a área ajudaram no combate às chamas.
A suspeita é que o incêndio tenha iniciado com a queima da palha de arroz em uma plantação próxima. Por causa da seca, as chamas teriam se espalhado rapidamente e chegaram até uma área conhecida como Cerro da Igreja. A localidade fica a cerca de 23 quilômetros da cidade.
Conforme o prefeito Valério Trebien, se a chuva não tivesse chegado à região, o incêndio seria devastador e poderia ter atingido entre 400 a 600 hectares de área queimada.
- Tem mata nativa de dois séculos, 200 anos de mata intocável que queimou. Até o meio-dia havia chovido cerca de 30 milímetros, o que foi suficiente para controlar esse fogo. Percebemos nos últimos dias uma queimada irresponsável de muitos produtores, inclusive da palhada de arroz, acompanhada de uma estiagem histórica. A gente não pode afirmar que tenha sido um incêndio criminoso ou se foi um agricultor, porque não temos as evidências, mas a situação fugiu do controle - afirma Trebien.
De acordo com o prefeito, ainda há focos de incêndio dentro da mata. Um pesquisador da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) irá até o município nesta segunda-feira para fazer o levantamento da área atingida pelo incêndio florestal e poder traçar um plano de como será feita a recuperação da mata nativa neste local, pelos próximos anos.
Duas residências próximas ao local estavam sendo monitoradas. Foi preciso fazer uma ação de barreira de fogo controlado para que o incêndio não atingisse as propriedades.